Nascido em Teresina capital do Piauí, João Borges mora na cidade de Timon no Maranhão. São  cidades separadas pelo Rio Parnaíba, rio que é  fronteira natural entre os estados do Piauí e Maranhão. É formado em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).

  Em suas obras, valoriza os traços que preservam e harmonizam os aspectos da obra com os elementos de inspiração e sua realidade. Busca captar  sensações provenientes das relações cotidianas, revelando as vivências do que lhes é natural, belo e poético. Persiste  na releitura desse cotidiano, por acreditar ser ele “o óbvio que preserva  tons de descobertas”. Elas contam histórias e vivências, combinando sensações que fluem do real ao imaginário.

    

 “Os trabalhos desenvolvidos com a cerâmica se dão por um momento de reciprocidade, por uma relação de troca aonde eles também indicam e constroem caminhos. É uma interação que deva ser compreendida para  além do elemento material, pela compreensão de que o barro é um canal para o fluir das inspirações, um elemento de aspecto vivo que não deve ser contido ou finalizado em si mesmo.”


   “Feitos a torrão, lhes apresento o meu jeito de ver no cotidiano os sorrisos, os apertos de mão, os suspiros, o calor humano, um gole d´agua ou mesmo uma cantada... Não intento modelar a perfeição e sim o Momento, aonde o alimento de inspiração é o próprio chão e o homem por demais nordestino.

      A intenção é  provocador  curiosidade e reflexão sobre o comum no cotidiano, ou mesmo, um convite à distanciar-se das complexidades para que se revele a força do simples. Vou falando do que já está dito e revelando o que esteve sempre adiante... De forma a encaminhar os sentidos ao aconchego poético sob o entrelace do barro e da forma. Por meio destas, vou contando histórias desse reboliço de gente proseando entre minhas interpretações. Assim, vou modelando a vida, de forma que o próprio chão escreva e conduza os olhares para o homem e para os significados que o eleva.